24 de junho de 2011

Wilde: Loucos e Santos Escolho meus amigos não ...


Estimados amigos dos Advogados do Brasil ,

Este grupo de Advogados do Brasil já é um grupo de amigos dos Advogados do Brasil porque todos nós escrevemos aqui com muita espontaneidade , quase que em associação livre , como numa sessão de análise em que o analisante fala tudo que lhe  vem à  cabeça , sem qualquer censura.  Falamos palavras que vêm da  alma e contamos uns aos outros ( ainda que muitos não se conheçam pessoalmente) sobre nossas angústias , desilusões ,desencantos  com a vida que levamos no dia a dia  dessa nossa louca e santa profissão. Mas falamos também  do encantamento, da paixão e da  esperança que nos faz cada dia mais fortes e combativos na defesa de nossos clientes e de nossas prerrogativas. Parecemos ambivalentes  e até somos porque convivemos com a dor dos injustiçados que nos buscam para minimizar seus sofrimentos. As vezes chego a pensar  que  a expressão ‘ o advogado é indispensável  à administração da justiça e inviolável por seus atos nos limites da lei ‘ foi  substituída pela expressão ‘ o advogado é dispensável à administração da justiça e violável por seus atos além dos limites da lei ‘. Antes da CF/88 éramos indispensáveis , valorizados, respeitados , admirados e desagravados quando nossas prerrogativas eram violadas . Paradoxalmente com o advento da  Carta Magna  e com as garantias ínsitas no  art.133  da CF  passamos a enfrentar maiores dificuldades no exercício profissional, tanto em  relação ao aviltamento  de nossos honorários quanto na violação de  nossas prerrogativas.
 Colegas, ainda que  nem todos  nos conheçamos pessoalmente sinto que   somos quase amigos íntimos ao ponto de eu tomar a liberdade de dizer que  os advogados são quase todos  loucos e santos e, por isso, nos entendemos neste espaço .
Eu ainda me indigno com as injustiças, com o descaso é até com o  desprezo de alguns  contra nossa classe  e, se como vocês resisto é porque acredito que nada acontece por acaso. Escolhemos ser advogados e  continuaremos assim meio loucos e meio santos até o fim de nossas vidas . Estou falando de advogados com alma de advogado!
Como  gosto muito de Oscar Wilde  espero que leiam e gostem também.
Abs. Wanda Siqueira
 
Wilde: Loucos e Santos Escolho meus amigos não ...

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

20 de junho de 2011

Magistrados espíritas formam associação

O juiz José Carlos de Lucca diz que a escolha da profissão não foi uma casualidade por isso exerce a magistratura como uma missão de vida.
Concordo plenamente com ele e penso que também  nós os advogados devemos exercer a advocacia como uma bela e árdua missão de vida.  
Tenho pensado muito na Carta Magna Divina porque a Carta Magna dos Homens não está dando conta de tanta injustiça!
Wanda Siqueira
advogada
  
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Magistrados espíritas formam associação


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da Folha de S.Paulo


 Ele defende um Judiciário mais sensível às questões sociais, diz que a principal lei é a do amor e estimula, durante uma audiência, que a harmonia prevaleça entre o acusador e o acusado.


 Para o juiz José Carlos de Lucca, representante paulista da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas, a escolha de sua profissão não foi uma casualidade e, por isso, a exerce como uma missão de vida. "Sou juiz para quitar alguma dívida do passado."


 Sobre a disputa presidencial no Tribunal de Justiça, ele diz que espera um incentivo do novo presidente para ver difundida a luz do espiritismo no meio jurídico. "Quanto maior o incentivo, melhor. Mas não apoiamos nenhum candidato específico. Nossa associação tem finalidade religiosa, não política", afirma.


 Discutir temas polêmicos, como o aborto e a eutanásia -condenados pelo espiritismo-, é um dos objetivos do grupo. "Queremos que outros juízes conheçam a nossa doutrina", diz.


 "A Justiça [como instituição] só existe porque ainda não aprendemos a amar", acredita o juiz, responsável pelo julgamento de processos cíveis, como cobranças de dívidas. "Em uma audiência, sempre busco a conciliação. Ainda que as partes não saiam amando-se, o importante é que atinjam a harmonia."


 Os juízes espíritas encaram com bom humor as inevitáveis brincadeiras sobre os espíritos. "As pessoas perguntam se recebo um espírito durante uma audiência ou se são eles [os espíritos] que decidem", afirma o magistrado, que diz se sentir ligado, por vidas passadas, aos casos que julga. "Tenho absoluta certeza de que tenho uma ligação cármica com todos os casos que recebo. Sei que, de algum modo, em vidas passadas, estive ligado ao problema."


 Os juízes católicos de São Paulo também têm uma associação, mas é menor e ainda está em formação. Além de juízes, fazem parte advogados e promotores.


 O objetivo da União Paulista de Juristas Católicos, segundo membros do grupo, é estudar as questões jurídicas à luz dos ensinamentos cristãos. 
 (LC)